É o bag-in-box que está deixando os enólogos mais entusiasmados

Alternativas à garrafa de 75cl existem há décadas, mas recentemente tem havido uma enxurrada de lançamentos de novas formas radicais de embalar vinhos e bebidas espirituosas. A garrafa Frugal, uma garrafa de vinho feita com 94% de papel reciclado com revestimento adequado para alimentos, foi lançada no início deste ano; em 2021, Johnnie Walker será colocada na primeira garrafa do mundo feita inteiramente de madeira de origem sustentável, anunciou seu fabricante Diageo; e Champagne Ruinart também está em ação, com sua embalagem sem plástico de “segunda pele” que, segundo ela, proporciona uma redução de 60% em sua pegada de carbono.

Isso é saco na caixa isso está deixando os produtores de vinho mais entusiasmados, no entanto. O BIB existe há gerações – mais de metade do vinho vendido na Suécia vem numa caixa, os EUA, a Noruega e a Alemanha são grandes importadores e há até um concurso internacional de vinhos bag-in-box realizado anualmente em Toulouse. Existente desde 2015, conta com cerca de 300 inscrições este ano – e a qualidade do vinho está, aparentemente, cada vez melhor.

É indiscutivelmente em França, como relata o comentador de vinhos Robert Joseph na revista especializada Meininger’s Wine Business International, que as mudanças mais interessantes estão a ocorrer. A Bag-in-box aumentou a sua quota de mercado nas vendas de vinho nos supermercados, de menos de 10% em 2004 para quase 40% em 2017.

Joseph também destaca o extraordinário sucesso da rede BiBoViNo, que possui cerca de 40 vinhos de alta qualidade de toda a França em elegantes embalagens BIB lilás, vendidos on-line e em 21 lojas e bares na França, na Suíça e no Caribe. No topo, BiBoViNo lista vinhos de Pomerol, Côte-Rôtie, Condrieu e Crozes-Hermitage, todos vendidos em caixas de dois litros.